sexta-feira, 16 de maio de 2008

Regresso ao campo

Quando regressei ao campo, mentira indiferente,
Procurar aquilo que fica para um sempre depois de amanhã
Não sei o que encontrar
Se a fogueira que me arde ou o ar que me ressuscita.

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Imperfeição

Deixa-me ser imperfeito para poder errar

rugidos II

Oiço o Mundo sonho e choro
A todos digo sem dizer
Grita-se aos rugidos
De uma primeira criança
"Chiu! Chega"
E a imaginação não se liberta
A Criança irá humanizar-se

terça-feira, 11 de março de 2008

rugidos





paixões

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

ventos








animais

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Barulhos de respiração

Oiço barulhos de respiração, soluços
sôfregos de ar... a vida. Encontro nesse
arejo a estória ímpar que se revela na
incógnita do ser, nos cruzamentos da
sabedoria em espera por responder a
questões ainda por colocar. O não sabido
numa certeza de vontades.

a tua vida

Leio-te nas possibilidades dos lábios
rubros, fosse agora o encontro da linha
una dessas denúncias de espírito. Onde
vão tais sentidos; onde seguem os demais
viveres? Tiremos poeiras incertas,
enfeitemos corpo e fala; fala dos mundos.
Ensina a virar uma noite.

Fosse mais a vida, além de um simples
uno somente, por vezes tão enfezada em
nós, poderiam as mãos acarinhar um
pouco de eternidade, tão ténue como fosse
velada por luzes em distantes faróis.
Poderia o corpo entender o seu sentido.
Viveria o corpo uma mais que vezes para
clarear a certeza que possui?

Viveria uma noite mais em claro.

O arfar responde ao velho instinto de
ingerir o ar, numa procura de desejos,
sobrevivência de um pouco mais. Só mais
uma vida... Pedirias...?
Pediria. Levar-me-ia no mesmo ar. Só esta
terra empurro. Nela deixas viver.

in "Estranhezas habitadas e um mundo povoado"