domingo, 28 de novembro de 2010

Em si

E quando tudo acaba
volta a paixão rasgada de desvairos,
no batimento livre do calor
amor...
voltam os aconchegados afectos.

E quando tudo acaba em si,
nova melodia expele-se
na implosão das mágoas reprimidas
pela lenha botada para arder
e o coração aquece,
arde de esquecimentos e lembranças
em tons de memória.

Percorre-me amor, dá-me luz,
coração que preciso de calor
senão louco fico por arder
vontade tenho de assumir esta paixão
que nos fins se encontra
e nos delícia com as venturas da vida
que anda à roda, por vezes, connosco dança
e tonto estou com tanto mel e calor
e toda outra infusão de paixão e dor.